Pesquisas e (muita) cautela são ingredientes primordiais para quem negocia carro pela internet; compra e venda podem ter suporte de empresas Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro
Mesmo com valores em alta, o mercado de seminovos e usados não para de crescer. De acordo com a Fenabrave, associação que reúne os concessionários do País, houve alta de 48,8% na venda de automóveis e comerciais leves de segunda mão no acumulado de 2021. De janeiro a agosto, foram comercializados 7,587 milhões de unidades contra 5 milhões no mesmo período de 2020. Mas esse fenômeno tem explicação. São, portanto, alguns fatores predominantes, como o encarecimento e a falta de oferta do carro 0-km. Bem como a maior procura devido à necessidade de isolamento social, imposta pela pandemia do novo coronavírus.
Cabe lembrar que esse cenário se deve, em grande parte, à falta de componentes e ao encarecimento dos custos de alguns insumos, o que, naturalmente, encareceu a produção. Foi, justamente, essa escassez de novos produtos que fez parte do público migrar para o mercado de usados e, o que inflacionou consideravelmente os preços. Hoje, tem carro usado valendo mais que quando comprado 0-km
Com essa alta, alguns especialistas indicam à quem precisa de grana que venda seus carros. E é justamente para esse público que pretende abrir mão da comodidade do veículo próprio que o Jornal do Carro buscou especialistas para ajudar a não cair em fraudes no momento da venda. No ambiente online, é preciso tomar algumas precauções.
Algumas dicas
Assim como o comprador precisa fazer aquela inspeção geral no veículo pretendido, checando, por exemplo, o estado de conservação, o histórico, a procedência e a manutenção, quem vende também necessita de cautela. Principalmente na internet.
Nesse sentido, algumas empresas oferecem suporte – e até tiram fotos profissionais do carro e cuidam de toda a captação de clientes. Mas essa comodidade exige custos.
Então, se você é daqueles que prefere fazer tudo sozinho, o primeiro passo é evitar negociações injustas. Para isso, a dica é realizar uma rápida pesquisa à Tabela FIPE para saber quanto seu carro vale no momento. Isso dá a exata noção de quanto é possível receber pelo veículo em questão e, sobretudo, não cair na conversa de compradores especulativos que queiram tomar proveito do seu interesse na venda.
Pé atrás na hora da venda
Outro ponto é sempre desconfiar. Hoje em dia, o anonimato da internet é bastante perigoso, podendo esconder as mais variadas atrocidades. Então, pesquise o nome do interessado para ter a certeza de que está falando com o real comprador.
Roubo/furto
O encontro para conhecer pessoalmente o carro é sempre uma oportunidade para pessoas de má fé se aproveitarem da vulnerabilidade do dono, e roubarem ou furtarem o veículo. De olho nisso, “procure marcar os encontros em locais públicos de grande movimentação, vá acompanhado e mantenha sempre a chave do carro com você enquanto mostra o veículo. Se tiver GPS no veículo, o mantenha sempre ativo”, indica Diego Fischer, especialista em transações online e CEO da Carupi, startup que assessora na compra e venda de veículos usados e seminovos.
Nesse sentido, ao mostrar o carro para interessados, não deixe o CRV (antigo DUT) à mostra. Uma simples foto do documento pode ser suficiente para estelionatários fazerem um financiamento usando seu veículo como colateral. Isso bloqueia o carro para transferências. E, no mais, delega dívidas ilícitas ao proprietário.
Test-drive seguro
Todo mundo já ouviu falar que um dos pontos primordiais para a compra do carro novo é a realização de test-drive. Apenas por meio dessa ação dá para checar o real comportamento do carro. Mas, se você está vendendo o seu veículo, vale tomar cuidado.
“Explique ao interessado os detalhes de dirigibilidade do automóvel e sempre acompanhe o teste no banco da frente”, indica Fischer. Afinal, isso pode evitar acidentes e possíveis multas por meio de comportamentos inadequados, como o uso do celular ao volante, por exemplo. Isso, por sua vez, pode minar a venda do produto.
Uma vez fechado o negócio, garanta que o valor caiu em sua conta antes de realizar a transferência. Consulte seu gerente do banco, se necessário. “Cuidado com cartas de crédito de consórcio e com transferências que vão compensar mais tarde, como DOCs”, ressalta Fischer.
Assinatura
Quando receber o pagamento, acompanhe o comprador até o cartório e garanta a assinatura do CRV. Na prática, se o vendedor assinar o CRV e o comprador não assinar a parte dele, poderá protelar a transferência por meses. Ou seja, o carro estará no seu nome, mas em posse de outra pessoa. Portanto, evite dores de cabeça e multas futuras.
Vistoria
Qualquer tipo de compra online, seja um anel, um perfume ou mesmo um carro, exige total atenção. Mas para o sucesso da negociação – além de jamais confiar dados bancários à ninguém – vale a pena checar o produto por completo. No caso dos automóveis, jamais abra mão de consultar o Renavam e verificar se há pendências.
Entretanto, se isso não for suficiente, procure por empresas que realizem vistoria. Só mesmo o laudo técnico poderá precisar se o carro já foi batido, se apresenta dados na estrutura, ou mesmo se participou de leilão ou foi vítima de roubos ou furtos.
Com 16 anos de mercado, uma das empresas que presta esse tipo de serviço é a SuperVisão Vistorias Automotivas. São 170 lojas espalhadas pelo Brasil. De acordo com Beto Reis, que faz parte da direção da empresa, é possível evitar fraudes para compradores e vendedores se alguns cuidados forem tomados com antecedência. “A avaliação prévia pode revelar restrições judiciais ou fraudes. Trata-se de um investimento para garantir uma compra segura”, pondera.
Na SuperVisão, o atendimento pode ser agendado, por ordem de chegada ou delivery, dependendo da disponibilidade. O procedimento dura média de 45 minutos. Os serviços, prestados para particulares, revendedoras e seguradoras, partem de R$ 200.
O QUE FAZ UM ADVOGADO ESPECIALISTA EM LEILÃO DE VEÍCULOS?
O advogado especialista em leilão de veículos é aquele que vai “abrir os seus olhos”, pois sabemos que na compra de um veículo o brasileiro fica cego e faz qualquer negócio quando está tomado pela EMOÇÃO.
Dessa forma o advogado especialista muitas vezes NÃO VAI AGRADAR VOCÊ, e sim defender você de SI MESMO.
Pessoas de sucesso se cercam de pessoas que sabem mais do que elas em determinado assunto, já pessoas pouco inteligentes são aquelas que não conhecem nada em profundidade mas mesmo assim querem fazer tudo sozinhas, suportando PREJUÍZOS muitas vezes IRREPARÁVEIS.
De acordo com a pesquisa da CVM, principais vítimas são homens na faixa dos 30 anos e com renda de até 5 salários mínimos.
Pexels
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou um levantamento mostrando que o aumento de esquemas de pirâmides financeiras envolvendo criptomoedas está aumentando. O ativo já é usado em 43% das práticas criminosas.
Na maioria das vezes, essa modalidade de golpe tem como vítimas pessoas que procuram rendimentos rápidos, que veem nos juros baixos, nas promessas de altos retornos e a na alta forte do bitcoin — que já subiu 59% somente neste ano –, uma oportunidade.
A pesquisa também mostra que, no ano passado, os crimes financeiros subiram 75%. Golpes com criptomoedas ficaram no topo da lista das fraudes, sendo 43% dos esquemas.
Ainda foi identificado que a divulgação das fraudes é mais frequente por WhatsApp (27,5%), seguido pela divulgação boca a boca (19,7%).
As vítimas mais comuns são homens (91%), de 30 a 39 anos (36,5% do total), com renda familiar de dois a cinco salários mínimos (23%), e ensino superior completo ou pós-graduação (71%).
Saiba evitar golpes com criptomoedas
Carlos Castro, da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), preparou algumas dicas para investidores ficarem alertas e evitarem golpes relacionados às moedas digitais:
Nova versão do RenaJud vai agilizar leilões de veículos apreendidos
Centenas de veículos apreendidos que lotam os pátios dos departamentos de trânsito em todo o país poderão ir à venda em leilão de forma mais ágil e desburocratizada. A solução para esse gargalo está no WS-RenaJud, versão avançada e atualizada do sistema on-line de restrição judicial de veículos lançada nessa terça-feira (31/8), durante a prorrogação da parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os Ministérios da Justiça e de Segurança Pública e da Infraestrutura.
A cooperação técnica foi firmada em outubro de 2020 para modernizar e aperfeiçoar o acesso à Justiça e o tratamento dado a bens apreendidos no âmbito do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Durante a cerimônia de renovação da parceria, o presidente do CNJ, ministro Luiz Fux, destacou que a nova versão do sistema representa maior eficiência e agilidade da atuação da Justiça, possibilitando o cumprimento em tempo real das ordens judiciais, como a realização de leilões.
“Justiça atrasada não é Justiça. Mas injustiça qualificada”, afirmou Fux, citando Ruy Barbosa. “A Justiça deve ser prestada a tempo, e que respeite um prazo razoável, respeitando o direito daquele que tem razão. Esse é um grande passo para cumprir um postulado constitucional da duração razoável dos processos, que não se limita ao processo de definição de direitos, mas alcança sua fase satisfativa de cumprimento da decisão judicial.”
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, lembrou que o primeiro acordo para o sistema RenaJud foi implementado há 15 anos. E a cada dia a parceria vem evoluindo. “Estamos mantendo um acordo que disponibiliza essa importante ferramenta eletrônica que tem uma importante missão: a adoção de forma célere, pela Justiça, dos bens apreendidos.”
O ministro da Justiça, Anderson Torres, reforçou que o trabalho em conjunto busca resolver um problema histórico com relação a destinação de bens alienados. Ele contou que milhares de veículos são apreendidos pelas forças de segurança e, após decisão judicial, são leiloados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Segundo Torres, mais de 4 mil veículos já foram leiloados pela Secretaria. E, somente neste ano, foram arrecadados R$ 200 milhões com a venda de bens apreendidos do tráfico de drogas e outros crimes.
No entanto, muitas das pessoas que compram não conseguem transferir os bens para os seus nomes, por impedimentos junto aos órgãos de trânsito. “Com essa modernização, objeto desse acordo, conseguiremos desembaraçar essas questões.”
Veículos sem ônus de dívida
Na nova ferramenta, as dívidas vinculadas a veículos alienados, como IPVA e multas de trânsito, são automaticamente transferidas para o CPF ou CNPJ da pessoa que tem o débito. Com isso, a Justiça poderá autorizar a remarcação de novo chassi, uma pré-condição para a alienação.
Até então, um veículo apreendido e destinado a alienação levava 18 meses em média para ser leiloado, em uma operação marcada pela demora, burocracia e incertezas entre as partes. Em meio a essa demora, os pátios dos Detrans se tornaram permanentemente lotados e com veículos apreendidos em condições de uso virando sucata a céu aberto.
A partir do WS-Renajud, a perspectiva é que os leilões dos veículos – ADVOGADO ESPECIALISTA EM LEILÃO DE VEÍCULOS DR MARCELO MIGUEL apreendidos sejam feitos em poucos dias, em uma alienação judicial que soluciona passivos entre várias partes: quem tem a propriedade do veículo, credores, credoras e órgãos públicos com direito a receber tributos e multas em atraso.
Suspensão on-line da CNH
Outro avanço é a funcionalidade que permite a efetivação de decisão de suspensão e liberação de carteiras nacionais de trânsitos de forma automática e sem a necessidade de emissão de ordens judiciais. A nova ferramenta foi idealizada para funcionar dentro do Processo Judicial Eletrônico (PJe) e nos demais sistemas eletrônicos utilizados pelos tribunais. Ela também foi concebida dentro da Plataforma Digital do Poder Judiciário, seguindo a diretriz de oferta de multisserviços tecnológicos em um mesmo meio e conforme as necessidades dos tribunais.
À medida que o WS-Renajud tiver seu uso disseminado, o sistema atual do Renajud, acessado via página específica na web, será descontinuado. As informações técnicas do mecanismo serão apresentadas em webinário no dia 10 de setembro, voltado para magistrados, magistradas, servidores, servidoras e profissionais da área de tecnologia dos tribunais as informações técnicas para acesso e utilização da nova versão. No encontro, serão apresentados os módulos de leilão de bens apreendidos e a funcionalidade para suspensão/liberação de CNHs.
Luciana Otoni e Regina Bandeira Agência CNJ de Notícias
Centenas de veículos apreendidos que lotam os pátios dos departamentos de trânsito em todo o país poderão ir à venda em leilão de forma mais ágil e desburocratizada. A solução para esse gargalo está no WS-RenaJud, versão avançada e atualizada do sistema on-line de restrição judicial de veículos lançada nessa terça-feira (31/8), durante a prorrogação da parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os Ministérios da Justiça e de Segurança Pública e da Infraestrutura.
A cooperação técnica foi firmada em outubro de 2020 para modernizar e aperfeiçoar o acesso à Justiça e o tratamento dado a bens apreendidos no âmbito do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Durante a cerimônia de renovação da parceria, o presidente do CNJ, ministro Luiz Fux, destacou que a nova versão do sistema representa maior eficiência e agilidade da atuação da Justiça, possibilitando o cumprimento em tempo real das ordens judiciais, como a realização de leilões.
“Justiça atrasada não é Justiça. Mas injustiça qualificada”, afirmou Fux, citando Ruy Barbosa. “A Justiça deve ser prestada a tempo, e que respeite um prazo razoável, respeitando o direito daquele que tem razão. Esse é um grande passo para cumprir um postulado constitucional da duração razoável dos processos, que não se limita ao processo de definição de direitos, mas alcança sua fase satisfativa de cumprimento da decisão judicial.”
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, lembrou que o primeiro acordo para o sistema RenaJud foi implementado há 15 anos. E a cada dia a parceria vem evoluindo. “Estamos mantendo um acordo que disponibiliza essa importante ferramenta eletrônica que tem uma importante missão: a adoção de forma célere, pela Justiça, dos bens apreendidos.”
O ministro da Justiça, Anderson Torres, reforçou que o trabalho em conjunto busca resolver um problema histórico com relação a destinação de bens alienados. Ele contou que milhares de veículos são apreendidos pelas forças de segurança e, após decisão judicial, são leiloados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Segundo Torres, mais de 4 mil veículos já foram leiloados pela Secretaria. E, somente neste ano, foram arrecadados R$ 200 milhões com a venda de bens apreendidos do tráfico de drogas e outros crimes.
No entanto, muitas das pessoas que compram não conseguem transferir os bens para os seus nomes, por impedimentos junto aos órgãos de trânsito. “Com essa modernização, objeto desse acordo, conseguiremos desembaraçar essas questões.”
Veículos sem ônus de dívida
Na nova ferramenta, as dívidas vinculadas a veículos alienados, como IPVA e multas de trânsito, são automaticamente transferidas para o CPF ou CNPJ da pessoa que tem o débito. Com isso, a Justiça poderá autorizar a remarcação de novo chassi, uma pré-condição para a alienação.
Até então, um veículo apreendido e destinado a alienação levava 18 meses em média para ser leiloado, em uma operação marcada pela demora, burocracia e incertezas entre as partes. Em meio a essa demora, os pátios dos Detrans se tornaram permanentemente lotados e com veículos apreendidos em condições de uso virando sucata a céu aberto.
A partir do WS-Renajud, a perspectiva é que os leilões dos veículos apreendidos sejam feitos em poucos dias, em uma alienação judicial que soluciona passivos entre várias partes: quem tem a propriedade do veículo, credores, credoras e órgãos públicos com direito a receber tributos e multas em atraso.
Suspensão on-line da CNH
Outro avanço é a funcionalidade que permite a efetivação de decisão de suspensão e liberação de carteiras nacionais de trânsitos de forma automática e sem a necessidade de emissão de ordens judiciais. A nova ferramenta foi idealizada para funcionar dentro do Processo Judicial Eletrônico (PJe) e nos demais sistemas eletrônicos utilizados pelos tribunais. Ela também foi concebida dentro da Plataforma Digital do Poder Judiciário, seguindo a diretriz de oferta de multisserviços tecnológicos em um mesmo meio e conforme as necessidades dos tribunais.
À medida que o WS-Renajud tiver seu uso disseminado, o sistema atual do Renajud, acessado via página específica na web, será descontinuado. As informações técnicas do mecanismo serão apresentadas em webinário no dia 10 de setembro, voltado para magistrados, magistradas, servidores, servidoras e profissionais da área de tecnologia dos tribunais as informações técnicas para acesso e utilização da nova versão. No encontro, serão apresentados os módulos de leilão de bens apreendidos e a funcionalidade para suspensão/liberação de CNHs.
Luciana Otoni e Regina Bandeira Agência CNJ de Notícias