Grupo preso em operação contra golpes com criptomoedas tem prisão convertida em preventiva

Operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão expedidos nas cidades de Sorocaba, São Paulo, Barueri e Araçoiaba da Serra (SP).

Seis pessoas foram presas durante a operação em Sorocaba  — Foto: Reprodução/ TV TEM

Seis pessoas foram presas durante a operação em Sorocaba — Foto: Reprodução/ TV TEM

A Justiça decretou, nesta sexta-feira (10), as prisões preventivas de cinco suspeitos de aplicarem golpes com criptomoedas, que foram alvo de uma operação da Polícia Civil e Ministério Público no dia 1° deste mês.

De acordo com a promotoria, as prisões temporárias foram convertidas em preventivas. Na época em que foi desencadeada a operação, seis pessoas foram presas. Uma delas foi liberada posteriormente e segue sendo investigada.

A operação “Criptogolpe”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba, cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão expedidos nas cidades de Sorocaba, São Paulo, Barueri e Araçoiaba da Serra (SP).

Grupo suspeito de aplicar golpes com criptomoedas é preso durante operação na região

Grupo suspeito de aplicar golpes com criptomoedas é preso durante operação na região

Promessa de lucro

A quadrilha suspeita de aplicar golpes com criptomoedas atraía as vítimas com a promessa de renda de 10% ao mês sobre o valor investido, mas sumia com o dinheiro, segundo a promotoria de Sorocaba.

De acordo com o promotor de Justiça, Cláudio Bonadia de Souza, no começo, as vítimas faziam os investimentos e recebiam o valor prometido, porém, em outras tentativas elas perderam dinheiro e não conseguiram recuperar.

Grupo suspeito de dar golpe com criptomoedas prometia lucro de 10% ao mês, mas sumia com dinheiro dos clientes — Foto: Reprodução/ TV TEM

Grupo suspeito de dar golpe com criptomoedas prometia lucro de 10% ao mês, mas sumia com dinheiro dos clientes — Foto: Reprodução/ TV TEM

O grupo também tinha uma célula jurídica, que buscava evitar que as vítimas registrassem denúncias contra o esquema de fraude.

“Diversas vezes, chegaram a oferecer até um imóvel, mas tudo não se concretizava. Tudo foi acontecendo e essa foi a razão da representação'”, explica o promotor.

A primeira movimentação do grupo ocorreu em agosto de 2019 e foi iniciada após vítimas denunciarem o esquema. O Gaeco informou que não há um número exato de vítimas que sofreram golpes e as investigações continuam.

Operação

Operação Criptogolpe investiga um grupo suspeito de aplicar golpes com criptomoedas. Segundo a investigação, a quadrilha aliciava pessoas pela internet para investimento, porém, o valor não era aplicado.

Conforme o Gaeco, mais de R$ 1,4 mi foram movimentados pelo grupo que mantinha vida de ostentação.

Gaeco e Deic de Sorocaba (SP) fazem operação contra grupo suspeito de aplicar golpes com criptomoedas — Foto: Wilson Gonçalves Jr./TV TEM

Gaeco e Deic de Sorocaba (SP) fazem operação contra grupo suspeito de aplicar golpes com criptomoedas — Foto: Wilson Gonçalves Jr./TV TEM

O grupo contava com o apoio de campanhas publicitárias veiculadas nas redes sociais e na televisão, em canais abertos. Também utilizavam personalidades influentes para conseguir a confiança das vítimas.

Na operação, computadores, documentos e carros, entre eles um de luxo, foram apreendidos.

‘Certificado de R$ 140 milhões’

Preso em operação contra fraude em criptomoedas tinha 'certificado' de conta com 150 milhões — Foto: Gaeco/Divulgação

Preso em operação contra fraude em criptomoedas tinha ‘certificado’ de conta com 150 milhões — Foto: Gaeco/Divulgação

Um dos presos na operação tinha “um certificado” de uma conta com mais de R$ 140 milhões. Além do certificado, que contém o valor em Euros, as equipes também encontraram duas moedas, que são usadas como símbolos e que não possuem valor atrelado.

O advogado de dois suspeitos, Rafael Dourado e José Carlos Mello, informou à TV TEM que não teve acesso ao processo e não entende a acusação feita pelo Ministério Público porque a empresa estava há dois anos sem atividades.

Ele informou ainda que a empresa estava em acordo judicial para pagar as pessoas que tiveram prejuízo e afirmou que estranhou as prisões porque todos os envolvidos tinham endereço fixo.

Moedas apreendidas durante operação em Sorocaba (SP) são usadas como símbolos e que não possuem valor atrelado.  — Foto: Divulgação

Moedas apreendidas durante operação em Sorocaba (SP) são usadas como símbolos e que não possuem valor atrelado. — Foto: Divulgação

Fonte:https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2021/09/10/grupo-preso-em-operacao-contra-golpes-com-criptomoedas-tem-prisao-convertida-em-preventiva.ghtml

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