Grupo que denunciava golpes com criptomoedas dá golpe e some

“War on Hugs” teria criado seguidores para sua causa, que até então parecia ser legítima. Havia denunciado a Safemoon, Elon Musk e até o criador do Ethereum, Vitalik Buterin.

WAR on Hugs deixa mensagem e some.
WAR on Hugs deixa mensagem e some.

A temporada de fraudes com moedas digitais está aberta e, até quem parecia ser sério, pode ser o próximo a criar um esquema. O grupo “War on Hugs”, que denunciava golpes com criptomoedas em seu Twitter, foi o último a aplicar um golpe.

Depois de aplicar o golpe, o grupo deletou contas nas redes sociais e desapareceu. Como a identidade dos criadores não era revelada, é possível que eles tenham sumido com o dinheiro dos seguidores.

O caso certamente mostra que o mercado de criptomoedas ainda é um ambiente do qual novos investidores devem tomar cuidado em seus passos. Nos últimos meses, por exemplo, milhares de criptomoedas novas foram criadas, a maior parte não durou nem um mês.

Grupo que denunciava golpes com criptomoedas some das redes sociais, suspeitas de fraude

War On Hugs (WOR) era um perfil, que funcionava principalmente pelo Twitter, que ganhou notoriedade entre seguidores. Seu propósito era desvendar os golpes com criptomoedas que estariam sendo aplicados, apresentando para o público seus estudos.

Com o passar do tempo, o perfil atraiu pessoas interessadas em investir no projeto de combate a criminalidade das criptomoedas. Isso porque, muitas moedas são criadas diariamente, mas quase nenhuma tem um projeto sólido, servindo apenas para que os criadores se enriqueçam as custas de investidores.

O projeto da Safemoon, por exemplo, foi um dos que o War on Hugs alertou, afirmando que a criptomoeda, criada na rede da Binance, seria mais um golpe.

Outro token conhecido denunciado pelo grupo War On Hugs é o brasileiro Vira Lata Finance.

War on Hugs dá golpe

O War on Hugs criou uma criptomoeda própria, chamada Rug Ethereum (RETH) na última semana.

O nome seria uma crítica ao criador do Ethereum, Vitalik Buterin, que vendeu suas moedas Shiba Inu e foi considerado um “puxador de tapete” pelo grupo. Além disso, o token foi criado na rede Binance, para se posicionar novamente contra Vitalik.

Como não gostava do projeto Safemoon, o fundador do WOR acabou avaliando bem um projeto concorrente, chamado de FairMoon. Após a avaliação, Shappy, como é identificado o dono do War On Rugs, acabou se unindo aos desenvolvedores da FAIR, até a última quarta-feira (18).

Isso porque, Shappy teria aplicado um golpe na comunidade e na sua própria criptomoeda, a RETH. Assim, ele teria sumido com US $ 2 milhões dos antigos seguidores, que confiavam em suas avaliações contra golpes.

“Quem caiu no meu golpe não vai acreditar em mais ninguém”, afirmou grupo em mensagem de despedida

Os desenvolvedores da Fairmoon foram ao Twitter comentar o golpe acontecido na criptomoeda, que chegou a ser avaliada bem pelo War On Rugs. Segundo a nota, a empresa lamentou ter acreditado em Shappy, que traiu a confiança de todos, deixando um grande prejuízo.

O preço da Fairmoon e da RETH acabaram perdendo todo o valor de mercado com a fraude.

No entanto, o administrador do grupo deixou uma mensagem antes de seu sumiço milionário.

Em sua explicação, Shappy disse que como Elon Musk manipula o mercado de criptomoedas e o criador do Ethereum também, sendo eles dois golpistas, então ele também iria aplicar um golpe.

Dessa forma, Shappy citou que quem acompanhava o seu trabalho e caiu no golpe por ele aplicado, não irá acreditar em mais ninguém a partir dessa ação.

O criador do WOR ainda argumentou que lutou contra golpes desde outubro de 2020, mas que a batalha seria eterna. Assim, quem se sentir prejudicado, disse o novo golpista, deve buscar por uma regulamentação para o mercado de criptomoedas.

Sua conta no Twitter foi desativada após os comentários, mas um usuário capturou as telas antes disso. Seguidores do projeto, que julgavam este como sério, agora lamentam suas perdas.

Fonte: https://livecoins.com.br/grupo-que-denunciava-golpes-com-criptomoedas-da-golpe-e-some/

Transporte por aplicativo no DF tem novas regras e multa de até R$ 5 milhões para empresas que descumprirem normas

Norma inclui regulamentação do cadastro de foto pelos usuários e criação de comitê para monitoramento por órgãos de segurança. Motoristas avaliam que regulamentação não atende reivindicações.


Veículos de transporte por aplicativo no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução

Veículos de transporte por aplicativo no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reproduçãohttps://dd461563f135e4d8c28fd02973539009.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O governador Ibaneis Rocha (MDB) publicou, nesta terça-feira (20), um decreto que estabelece novas regras para o transporte por aplicativo no Distrito Federal. Entre as mudanças estão medidas de segurança e a definição de multa de até R$ 5 milhões para empresas que descumprirem a norma.

O serviço de transporte individual privado de passageiros é regulamentado na capital desde 2016. O novo decreto mantém os critérios básicos para prestação do serviço, como necessidade de certidão de nada consta criminal, pagamento de taxa anual e a inspeção veicular.

Já as novas regras incluem a regulamentação do cadastro de foto dos passageiros e criação de comitê de monitoramento por órgãos de segurança. A norma também define infrações e multas por gravidade, prevendo a cobrança de R$ 200 a R$ 2 mil para os prestadores, e de R$ 50 mil a R$ 5 milhões para as empresas.

Para um dos líderes do movimento que representa os motoristas, Manoel Scooby, as novas regras não atendem as reivindicações da categoria (saiba mais abaixo).

Foto dos passageiros

Aplicativo de trajeto e transporte, em imagem de arquivo  — Foto: Heloise Hamada/G1

Aplicativo de trajeto e transporte, em imagem de arquivo — Foto: Heloise Hamada/G1https://dd461563f135e4d8c28fd02973539009.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O decreto define que é “opcional” o cadastro de foto por parte dos passageiros, ao contrário do que defendia o movimento de motoristas. A imagem só será disponibilizada ao condutor após aceitar a viagem, de acordo com o texto.

No entanto, a norma estabelece como regra “não penalizar o prestador [motorista] com a perda de pontuação ou outro meio, devido ao cancelamento por não reconhecimento do passageiro com a foto cadastrada”.

Comitê de segurança

A norma cria um comitê técnico com representantes de todos os órgãos de segurança, como Polícia Civil, Polícia Militar, Departamento de Trânsito (Detran-DF), além de entidades sindicais, com objetivo de monitorar o serviço e avaliar ações de proteção aos motoristas periodicamente.

O decreto prevê que o comitê terá acesso a “informações sobre as empresas operadoras, os prestadores de serviço, os passageiros e as viagens”, que devem ser armazenadas pelas companhias “em sistema informatizado que garanta o imediato acesso às autoridades de segurança pública e a higidez dos dados, quando necessário em razão de demanda de segurança pública”.

Infrações e multas

São consideradas infrações gravíssimas, com pena máxima:

Para motoristas

  • Dar acesso ao seu perfil no aplicativo de modo a permitir a prestação de serviço por terceiro;
  • Prestar serviço com veículo não cadastrado ou sem aprovação em procedimento de inspeção veicular;
  • Adotar preço superior ao definido pela empresa operadora para o serviço;
  • Fraudar documentos ou informações necessárias à obtenção do Certificado Anual de Autorização.

Para as empresas

  • Fraudar documentos, informações ou dados necessários à obtenção do Certificado Anual de Autorização;
  • Fraudar quaisquer informações ou dados relativos à operação do serviço de transporte;
  • Operar com autorização suspensa.

As demais infrações, com punições mais brandas, podem ser consultadas 

Avaliação

Motoristas de transporte por aplicativo no Distrito Federal  — Foto: TV Globo/Reprodução

Motoristas de transporte por aplicativo no Distrito Federal

O líder do movimento de motoristas por aplicativo, Manuel Scooby, afirma que o novo decreto foca mais em “multas e obrigações” e cita reivindicações não atendidas.

“Já que o governador mexeu no decreto, a gente esperava que ele interferisse nos ganhos [financeiros] para os motoristas. A gasolina [está] aumentando, o preço de tudo aumentando”, disse, em entrevista à TV Globo.

“Pedimos também um reconhecimento facial [para acesso ao aplicativo], desde o começo. Precisamos também de ponto de apoio. Dá 22h, fecha tudo [por conta do toque de recolher] e a gente não encontra mercado, apoio, nada”, afirma Manoel.

Pontos de apoio

Um decreto publicado em novembro de 2020 determina que empresas de transporte por aplicativo criem pontos de apoio para os motoristas e entregadores, mas a norma ainda não foi colocada em prática. As regras publicadas nesta terça não regulamentam punição pelo descumprimento da medida.

À época em que os pontos de apoio se tornaram obrigatórios, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas do setor, afirmou ao G1 que a medida “interfere na liberdade de iniciativa” e que está “à disposição para contribuir com a construção de uma nova regulamentação”.

Sobre o novo decreto, a Amobitec afirma que “não há inovações para a regulamentação do serviço no DF e apenas mantém problemas já existentes na legislação anterior”. A entidade solicita ainda, que as empresas sejam convocadas para debates públicos relacionados à mobilidade.

PM prende suspeito de aplicar golpe envolvendo mercado financeiro internacional em Igaratinga

Vítimas chamaram os policiais no momento em que se encontraram com o homem no Centro. Ele é alvo de investigação por estelionato no Sul de Minas; foram mais de R$ 1,7 milhão em dinheiro investido em moedas virtuais.


Um homem de 33 anos, suspeito de praticar estelionato envolvendo golpe no mercado financeiro, foi detido, nesta quarta-feira (14), em Igaratinga. As vítimas chamaram a Polícia Militar (PM) quando se encontraram com ele. Suspeito é alvo de investigação pelo crime no Sul de Minas. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Segundo a PM, o caso foi registrado na Praça Manoel de Assis, no Centro. Cinco vítimas, dois homens de 31 e 35 anos e três mulheres de 28, 38 e 67 anos, chamaram os policiais. Ao todo, foram mais de R$ 1,7 milhão em dinheiro investido em moedas virtuais.

Investimentos

As vítimas relataram que há meses estavam fazendo investimentos financeiros com o suspeito. Ele afirmava às vítimas que aplicava os valores no mercado financeiro, principalmente, em moedas virtuais com a promessa de altos lucros.

Elas disseram que, cada um deles, investiu entre R$ 35 mil e R$ 500 mil em moedas virtuais e que não tiveram retorno dos capitais investidos.

As vítimas relataram que, há meses, o suspeito respondia os questionamentos com informações evasivas e que apresentou apenas notas promissórias e cheques com suspeita de fraude nas assinaturas.

Sem CNPJ

Abordado, o suspeito admitiu aos policiais que não tem registro de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), nem autorização da Comissão de Valores Imobiliários, nem outros documentos de entidades reguladoras do mercado financeiros. Ele alegou que, por investir no mercado internacional, estes documentos não seriam exigidos.

Ele disse aos policiais que perdeu a maior parte dos investimentos das vítimas no mercado financeiro, e que parte do valor ainda está investido como criptomoedas. Ele não respondeu com quais corretoras opera no mercado financeiro.

Materiais apreendidos

O veículo usado pelo suspeito foi apreendido por irregularidades de trânsito e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dele estava vencida desde 2019. O celular utilizado por ele foi apreendido.

Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil. As vítimas também foram para a delegacia prestar depoimentos.

Fonte : https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2021/04/15/pm-prende-suspeito-de-aplicar-golpe-envolvendo-mercado-financeiro-internacional-em-igaratinga.ghtml