Leilão de carros: como não cair em golpes na internet?

Durante a pandemia os leilões são feitos de forma online e sites fraudulentos atrapalham o comprador nesse tipo de negociação

Leilão de carros: como não cair em golpes na internet?

Os leilões de carros podem ser uma faca de dois gumes. A negociação possibilita compras de veículos usados emvalores bem abaixo do preço — geralmente estabelecidos na tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Entretanto, por não proporcionar garantia ou possibilidade de um teste-drive, a compra em leilão gera desconfianças no consumidor.

Antes da pandemia do novo Coronavírus, era possível fazer visitações e analisar o carro antes do leilão (presencial ou online). Essa análise já trazia dificuldades, na maioria das vezes não era permitido ligar o carro. Hoje em dia, com o isolamento social, os leilões acontecem apenas de forma online pela internet, sem visitas, o que deixa a avaliação do carro pelo comprador ainda mais difícil.

Nos leilões, carros importados podem ser comprados por um preço muito menor — Foto: Detran.SP

Nos leilões, carros importados podem ser comprados por um preço muito menor — Foto: Detran.SP

Mas então, como saber se o negócio realmente é vantajoso? Sérgio Villa Nova de Freitas, presidente da Associação dos Leiloeiros Oficiais do Estado de São Paulo (Aleoesp), explica que existem alguns cuidados que podem evitar o prejuízo de compradores, principalmente aqueles que não estão acostumados com esses tipos de leilões.

Como pesquisar sobre a empresa de leilão e sobre o leiloeiro?

Freitas conta que com os leilões pela internet, ficou muito mais fácil de cair em sites fraudulentos e tomar golpes. Por isso, ele alerta: “é importante pesquisar se o leiloeiro é confiável, se realmente a empresa de leilões existe e conversar com algumas pessoas que já tenham participado de um leilão de tal empresa ou de tal leiloeiro”.

Leilão online liderado por Freitas.  — Foto: Reprodução

Leilão online liderado por Freitas. — Foto: Reprodução

Para certificar que o leiloeiro não é um golpista, basta entrar no portal da junta comercial do estado em questão (caso o leilão seja paulista, é só entrar no site daJucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo) e checar se o profissional está cadastrado lá.

O presidente da Aleoesp também afirma que o depósito deve ser feito sempre na conta do leiloeiro oficial. “Não existe um outro representante financeiro. Essa pessoa pode ser um ‘laranja’ que empresas falsas podem usar para roubar o dinheiro do comprador”.

Analise o carro com atenção

A análise do carro é umas das partes mais importantes na compra em leilões. “É importante ver a estrutura física do carro, se os pneus estão carecas ou não, a pintura, lateria e etc. E não é tão necessário ligar o carro para checar o funcionamento, basta ver se há vazamento de óleo no motor ou fuligem. Se o motor estiver todo sujo de óleo, não funciona mais. Se estiver com um pouco de fuligem clara, o motor tem menos de meia-vida. Já, se o equipamento estiver seco, está em perfeito estado”, explica Freitas.

Mas, como analisar o veículo virtualmente?

Segundo o leiloeiro, com a proibição de visitas muitas empresas tiveram que investir muito mais em tecnologia e disponibilizar mais informações tanto falando ao vivo, quanto no edital. “A gente filma tudo o que é possível (esses vídeos ficam disponíveis tanto no site, como nas lives dos leilões). E os veículo, que conseguimos, gravamos andando”.

As informações ficam disponíveis apenas quando o consumidor se cadastra no site. O termo 'sinistrado" quer dizer que o carro possui danos.  — Foto: Reprodução

Além de analisar visualmente, é necessário prestar atenção nas informações que são disponibilizadas no edital no site dos leilões. Lá devem estar todas as características e danos dos modelos, regras e eventuais taxas, além da situação documental do veículo. “Se o veículo tem mais de dez mil quilômetros rodados por ano, já dá para saber que está gasto”, explica Freitas.

Se algo deixar de ser falado ou for colocado erroneamente e o cliente sentir que a empresa não cumpriu com a oferta, o dinheiro do consumidor deve ser inteiramente devolvido, segundo o Procon-SP.

Para classificar o estado do carro, as empresas de leilões costumam usar os seguintes termos: veículo com nenhuma monta significa que o carro está em perfeito estado; pequena monta significa que o dano não atinge a estrutura do veículo e o reparo é simples; média monta significa que o dano afeta algum ponto estrutural do veículo, mas ainda há como concertar; grande monta quer dizer que o veículo chegou ao fim da sua vida útil e não pode rodar novamente.

Ford Munstag que foi utilizado em testes de colisão nos EUA e pôde ser leiloado como sucata.  — Foto: Divulgação

Ford Munstag que foi utilizado em testes de colisão nos EUA e pôde ser leiloado como sucata. — Foto: Divulgação

No último caso, o automóvel é vendido como sucata e apenas algumas peças podem ser reaproveitadas. “Tal veículo pode ser adquirido apenas por empresas com cadastro no Detran local”, afirma Freitas.

O leiloeiro também afirma que muitas vezes vale a pena comprar um carro e repará-lo – em casos de pequena e média monta. “Por exemplo, se o proprietário paga R$ 30 mil reais em um carro que custava R$ 60 mil, gasta cerca de R$ 5 mil em concerto, o preço com o gasto ainda fica abaixo da tabela”.

O administrador, Guilherme Fernandes, comprou 3 Fiat Palio 2007 em 2019. Cada carro, que custava R$15 mil reais na tabela Fipe na época, saiu por cerca de R$ 7 mil. Fernandes conseguiu revender os veículos por R$ 14 mil, cada. Ele gastou R$ 3 mil com pintura e limpeza e R$ 1 mil com documentação por carro. Ele afirma que o lucro de R$ 9 mil reais das três revendas foi pouco, mas “valeu a pena”.

Não se precipite na compra

O presidente da ALEOESP explica que em leilões a dinâmica é um pouco diferente de uma compra normal, o consumidor não pode ir com a ideia que vai comprar um determinado modelo na ocasião.

Carros de leilão costumam ser mais baratos em relação a tabela Fipe, mas cuidado na hora de comparar um — Foto: Freepik

Carros de leilão costumam ser mais baratos em relação a tabela Fipe, mas cuidado na hora de comparar um — Foto: Freepik

“Muitos compradores se entusiasmam com o carro e querem comprar ele à todo custo, então se alguém cobre o lance desse comprador, ele quer cobrir de volta. E desse jeito, ele vai acabar comprando um veículo por um valor que não havia se programado em gastar”. Freitas recomenda que quando o lance for coberto, a pessoa analise a tabela e informações do veículo novamente, e veja se vale a pena ou se não é melhor esperar por outro veículo.

Se programe para os gastos que vão além da compra

Além do arremate do leilão e possíveis reparos, existem outras taxas a serem pagas. Normalmente, 5% do valor da compra vai para o leiloeiro. Também existem as taxas administrativas que variam com o preço do carro, valores a serem gastos na documentação pendente e diária do pátio. É importante lembrar que existe um prazo para retirar o veículo após a compra, se não for cumprido pode ser cobrada uma multa diária sobre o automóvel.

Alguns carros podem não estar funcionando. Então, na retirada, gastos como guincho também são do comprador.

Fonte: https://autoesporte.globo.com/servicos/noticia/2021/05/leilao-de-carros-como-nao-cair-em-golpes-na-internet.ghtml

16 pessoas caem no golpe de leilão de carros em site falso que usa logo da Prefeitura de São Carlos

Polícia Civil apura caso como estelionato e administração municipal tenta retirar página do ar.

16 caem no golpe de leilão de carros em site que usa logo da Prefeitura de São Carlos.

Pelo menos pelos 16 pessoas caíram no golpe do leilão de carros, que usa o logo da Prefeitura de São Carlos (SP) em um site falso. Depois de dar o lance e depositar o dinheiro, a vítima descobre que o veículo não existe.

A Polícia Civil investiga o caso como estelionato e a administração municipal tenta retirar a página do ar. Ninguém foi preso.

Cadastro em site falso

O operador de logística de Rio Claro Huedson Pereira da Silva viu o anúncio do leilão em uma rede social e se cadastrou no site ‘São Carlos Leilões’.

“Fiz o cadastro na página, entrei em contato com a secretaria eletrônica dele, ele me respondeu e falou que eu estava apto a dar lance”, disse Silva.

O operador de logística de Rio Claro Huedson Pereira da Silva caiu no golpe em São Carlos — Foto: Reprodução/EPTV

O operador de logística de Rio Claro Huedson Pereira da Silva caiu no golpe em São Carlos — Foto

Ele recebeu fotos do veículo e documentos supostamente timbrados. O modelo do carro custa em média mais de R$ 30 mil, mas no leilão custava menos de R$ 15 mil.

No perfil do aplicativo de mensagens o golpista usa o brasão da Prefeitura de São Carlos.

“Dei o lance e no período da tarde ele me ligou e falou: seu lance foi aprovado, você já pode pagar e vir retirar seu carro no pátio leilões em São Carlos. Eu falei que ia no banco para transferir o dinheiro e pegar o carro”, explicou.

No perfil do aplicativo de mensagens o golpista usa o brasão da Prefeitura de São Carlos.  — Foto: Reprodução/EPTV

No perfil do aplicativo de mensagens o golpista usa o brasão da Prefeitura de São Carlos. — Foto: Reprodução/EPTV

Depois de ter feito a transferência de mais de R$ 12 mil, a vítima foi a São Carlos. No endereço onde estaria o veículo na verdade funciona o pátio municipal, onde ficam automóveis apreendidos. Foi então que ele descobriu o golpe.

Ele registrou um boletim de ocorrência e espera que a polícia descubra quem está por trás do golpe.

“É triste pensar que fiquei tanto tempo juntando dinheiro e o cara sacanear desse jeito. A página continua aberta e parece que ninguém faz nada. Nossa justiça nessa hora parece que não funciona”, disse.

Além dele outras pessoas foram vítimas. Dez pessoas procuraram a Secretaria de Transportes e outras cinco também foram ao pátio municipal dizendo que tinham comprado um veículo em um leilão.

Site falso de leilões engana moradores de São Carlos e região — Foto: Reprodução/EPTV

Site falso de leilões engana moradores de São Carlos e região — Foto: Reprodução/EPTV

Prefeitura tenta tirar site do ar

A prefeitura divulgou que as informações do site são falsas. “Tem o brasão da prefeitura, mas não é da prefeitura e o pessoal deve ficar esperto e não adquirir produtos desse site. São anunciados [veículos] novos, aqui temos veículos velhos que são recolhidos no pátio e infelizmente eles caíram num golpe”, disse o diretor de Trânsito da Prefeitura de São Carlos, Paulo Luciano.

A reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, ligou para o número usado pra aplicar os golpes, mas ninguém atendeu. As vítimas dizem que só são atendidas chamadas de números cadastrados no site.

“A prefeitura e o departamento jurídico já está tomando todas as medidas cabíveis, orientando através da mídia, fazendo boletim de ocorrência e tentando tirar o mais rápido possível o site do ar”, disse o diretor de Trânsito.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2020/02/07/16-pessoas-caem-no-golpe-de-leilao-de-carros-em-site-falso-que-usa-logo-da-prefeitura-de-sao-carlos.ghtml

Grupo que denunciava golpes com criptomoedas dá golpe e some

“War on Hugs” teria criado seguidores para sua causa, que até então parecia ser legítima. Havia denunciado a Safemoon, Elon Musk e até o criador do Ethereum, Vitalik Buterin.

WAR on Hugs deixa mensagem e some.
WAR on Hugs deixa mensagem e some.

A temporada de fraudes com moedas digitais está aberta e, até quem parecia ser sério, pode ser o próximo a criar um esquema. O grupo “War on Hugs”, que denunciava golpes com criptomoedas em seu Twitter, foi o último a aplicar um golpe.

Depois de aplicar o golpe, o grupo deletou contas nas redes sociais e desapareceu. Como a identidade dos criadores não era revelada, é possível que eles tenham sumido com o dinheiro dos seguidores.

O caso certamente mostra que o mercado de criptomoedas ainda é um ambiente do qual novos investidores devem tomar cuidado em seus passos. Nos últimos meses, por exemplo, milhares de criptomoedas novas foram criadas, a maior parte não durou nem um mês.

Grupo que denunciava golpes com criptomoedas some das redes sociais, suspeitas de fraude

War On Hugs (WOR) era um perfil, que funcionava principalmente pelo Twitter, que ganhou notoriedade entre seguidores. Seu propósito era desvendar os golpes com criptomoedas que estariam sendo aplicados, apresentando para o público seus estudos.

Com o passar do tempo, o perfil atraiu pessoas interessadas em investir no projeto de combate a criminalidade das criptomoedas. Isso porque, muitas moedas são criadas diariamente, mas quase nenhuma tem um projeto sólido, servindo apenas para que os criadores se enriqueçam as custas de investidores.

O projeto da Safemoon, por exemplo, foi um dos que o War on Hugs alertou, afirmando que a criptomoeda, criada na rede da Binance, seria mais um golpe.

Outro token conhecido denunciado pelo grupo War On Hugs é o brasileiro Vira Lata Finance.

War on Hugs dá golpe

O War on Hugs criou uma criptomoeda própria, chamada Rug Ethereum (RETH) na última semana.

O nome seria uma crítica ao criador do Ethereum, Vitalik Buterin, que vendeu suas moedas Shiba Inu e foi considerado um “puxador de tapete” pelo grupo. Além disso, o token foi criado na rede Binance, para se posicionar novamente contra Vitalik.

Como não gostava do projeto Safemoon, o fundador do WOR acabou avaliando bem um projeto concorrente, chamado de FairMoon. Após a avaliação, Shappy, como é identificado o dono do War On Rugs, acabou se unindo aos desenvolvedores da FAIR, até a última quarta-feira (18).

Isso porque, Shappy teria aplicado um golpe na comunidade e na sua própria criptomoeda, a RETH. Assim, ele teria sumido com US $ 2 milhões dos antigos seguidores, que confiavam em suas avaliações contra golpes.

“Quem caiu no meu golpe não vai acreditar em mais ninguém”, afirmou grupo em mensagem de despedida

Os desenvolvedores da Fairmoon foram ao Twitter comentar o golpe acontecido na criptomoeda, que chegou a ser avaliada bem pelo War On Rugs. Segundo a nota, a empresa lamentou ter acreditado em Shappy, que traiu a confiança de todos, deixando um grande prejuízo.

O preço da Fairmoon e da RETH acabaram perdendo todo o valor de mercado com a fraude.

No entanto, o administrador do grupo deixou uma mensagem antes de seu sumiço milionário.

Em sua explicação, Shappy disse que como Elon Musk manipula o mercado de criptomoedas e o criador do Ethereum também, sendo eles dois golpistas, então ele também iria aplicar um golpe.

Dessa forma, Shappy citou que quem acompanhava o seu trabalho e caiu no golpe por ele aplicado, não irá acreditar em mais ninguém a partir dessa ação.

O criador do WOR ainda argumentou que lutou contra golpes desde outubro de 2020, mas que a batalha seria eterna. Assim, quem se sentir prejudicado, disse o novo golpista, deve buscar por uma regulamentação para o mercado de criptomoedas.

Sua conta no Twitter foi desativada após os comentários, mas um usuário capturou as telas antes disso. Seguidores do projeto, que julgavam este como sério, agora lamentam suas perdas.

Fonte: https://livecoins.com.br/grupo-que-denunciava-golpes-com-criptomoedas-da-golpe-e-some/

Transporte por aplicativo no DF tem novas regras e multa de até R$ 5 milhões para empresas que descumprirem normas

Norma inclui regulamentação do cadastro de foto pelos usuários e criação de comitê para monitoramento por órgãos de segurança. Motoristas avaliam que regulamentação não atende reivindicações.


Veículos de transporte por aplicativo no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução

Veículos de transporte por aplicativo no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reproduçãohttps://dd461563f135e4d8c28fd02973539009.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O governador Ibaneis Rocha (MDB) publicou, nesta terça-feira (20), um decreto que estabelece novas regras para o transporte por aplicativo no Distrito Federal. Entre as mudanças estão medidas de segurança e a definição de multa de até R$ 5 milhões para empresas que descumprirem a norma.

O serviço de transporte individual privado de passageiros é regulamentado na capital desde 2016. O novo decreto mantém os critérios básicos para prestação do serviço, como necessidade de certidão de nada consta criminal, pagamento de taxa anual e a inspeção veicular.

Já as novas regras incluem a regulamentação do cadastro de foto dos passageiros e criação de comitê de monitoramento por órgãos de segurança. A norma também define infrações e multas por gravidade, prevendo a cobrança de R$ 200 a R$ 2 mil para os prestadores, e de R$ 50 mil a R$ 5 milhões para as empresas.

Para um dos líderes do movimento que representa os motoristas, Manoel Scooby, as novas regras não atendem as reivindicações da categoria (saiba mais abaixo).

Foto dos passageiros

Aplicativo de trajeto e transporte, em imagem de arquivo  — Foto: Heloise Hamada/G1

Aplicativo de trajeto e transporte, em imagem de arquivo — Foto: Heloise Hamada/G1https://dd461563f135e4d8c28fd02973539009.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O decreto define que é “opcional” o cadastro de foto por parte dos passageiros, ao contrário do que defendia o movimento de motoristas. A imagem só será disponibilizada ao condutor após aceitar a viagem, de acordo com o texto.

No entanto, a norma estabelece como regra “não penalizar o prestador [motorista] com a perda de pontuação ou outro meio, devido ao cancelamento por não reconhecimento do passageiro com a foto cadastrada”.

Comitê de segurança

A norma cria um comitê técnico com representantes de todos os órgãos de segurança, como Polícia Civil, Polícia Militar, Departamento de Trânsito (Detran-DF), além de entidades sindicais, com objetivo de monitorar o serviço e avaliar ações de proteção aos motoristas periodicamente.

O decreto prevê que o comitê terá acesso a “informações sobre as empresas operadoras, os prestadores de serviço, os passageiros e as viagens”, que devem ser armazenadas pelas companhias “em sistema informatizado que garanta o imediato acesso às autoridades de segurança pública e a higidez dos dados, quando necessário em razão de demanda de segurança pública”.

Infrações e multas

São consideradas infrações gravíssimas, com pena máxima:

Para motoristas

  • Dar acesso ao seu perfil no aplicativo de modo a permitir a prestação de serviço por terceiro;
  • Prestar serviço com veículo não cadastrado ou sem aprovação em procedimento de inspeção veicular;
  • Adotar preço superior ao definido pela empresa operadora para o serviço;
  • Fraudar documentos ou informações necessárias à obtenção do Certificado Anual de Autorização.

Para as empresas

  • Fraudar documentos, informações ou dados necessários à obtenção do Certificado Anual de Autorização;
  • Fraudar quaisquer informações ou dados relativos à operação do serviço de transporte;
  • Operar com autorização suspensa.

As demais infrações, com punições mais brandas, podem ser consultadas 

Avaliação

Motoristas de transporte por aplicativo no Distrito Federal  — Foto: TV Globo/Reprodução

Motoristas de transporte por aplicativo no Distrito Federal

O líder do movimento de motoristas por aplicativo, Manuel Scooby, afirma que o novo decreto foca mais em “multas e obrigações” e cita reivindicações não atendidas.

“Já que o governador mexeu no decreto, a gente esperava que ele interferisse nos ganhos [financeiros] para os motoristas. A gasolina [está] aumentando, o preço de tudo aumentando”, disse, em entrevista à TV Globo.

“Pedimos também um reconhecimento facial [para acesso ao aplicativo], desde o começo. Precisamos também de ponto de apoio. Dá 22h, fecha tudo [por conta do toque de recolher] e a gente não encontra mercado, apoio, nada”, afirma Manoel.

Pontos de apoio

Um decreto publicado em novembro de 2020 determina que empresas de transporte por aplicativo criem pontos de apoio para os motoristas e entregadores, mas a norma ainda não foi colocada em prática. As regras publicadas nesta terça não regulamentam punição pelo descumprimento da medida.

À época em que os pontos de apoio se tornaram obrigatórios, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas do setor, afirmou ao G1 que a medida “interfere na liberdade de iniciativa” e que está “à disposição para contribuir com a construção de uma nova regulamentação”.

Sobre o novo decreto, a Amobitec afirma que “não há inovações para a regulamentação do serviço no DF e apenas mantém problemas já existentes na legislação anterior”. A entidade solicita ainda, que as empresas sejam convocadas para debates públicos relacionados à mobilidade.