A volta do feriado tem fluxo intenso nesta noite. Confira a situação das principais estradas da região.
Dutra tem trânsito intenso neste feriado de Finados. — Foto: Poliana Casemiro/G1
Os motoristas encontram trânsito intenso nas estradas da região nesta volta do feriado de Finados. Na noite desta terça-feira (2), a Rodovia dos Tamoios, Dutra e Oswaldo Cruz estão com trânsito carregado e o tráfego é prejudicado pelo excesso de veículos, com pontos de congestionamento.
Na rodovia Presidente Dutra, a concessionária informou que o movimento é intenso no sentido SP. Às 18h30, havia 6 km de congestionamento no trecho de Pindamonhangaba. O fluxo na via deve reduzir a partir das 21h.
Já na Tamoios, o trânsito está mais movimentado no sentido São José dos Campos, enquanto o tráfego é livre na descida para o litoral.
Tamoios tem trânsito intenso neste feriado de Finados. — Foto: Divulgação/Tamoios
A volta pela Rodovia Oswaldo Cruz também tem trânsito intenso de carros, principalmente no sentido Taubaté. Na Carvalho Pinto, de acordo com a polícia rodoviária, há pontos de lentidão em alguns trechos do sentido interior.
Na rodovia Rio-Santos, no trecho que liga São Sebastião a Ubatuba, há tráfego lento no sentido São Sebastião.
Às 18h30, o tempo de espera na balsa para sair de Ilhabela era de 30 minutos e havia bastante movimento. A travessia está operando com maré baixa, por isso o transporte de veículos pesados não está sendo realizado.
Balsa tem movimento intenso neste feriado de Finados. — Foto: Divulgação/Departamento Hidroviário
Oswaldo Cruz tem trânsito intenso neste feriado de Finados. — Foto: Reprodução/DER
Uma rede fraudulenta de aplicativos para o sistema operacional Android pode ter feito mais de 10,5 milhões de vítimas, principalmente no Oriente Médio, a partir do cadastro das vítimas em serviços caros via SMS. O esquema, batizado de UltimaSMS, contava com um total de 151 aplicativos disponibilizados na Google Play Store, entre softwares para câmera, teclados, leitores de códigos QR, editores de vídeo, ofertas, jogos e bloqueadores de chamadas de spam.
De acordo com a Avast, responsável por descobrir o esquema e o denunciar ao Google, usuários de 80 países realizaram downloads dos softwares fraudulentos. Países como Egito, Arábia Saudita e Paquistão foram os mais atingidos, com mais de dois milhões de downloads cada, seguidos pelos Emirados Árabes Unidos, com um milhão. É desse total que vem o número de vítimas, uma estimativa relacionada àqueles que realizaram a instalação e, na promessa de recursos que nem sempre existiam, poderiam acabar sendo cadastrados contra a vontade em plataformas de serviços fraudulentos via SMS.
As informações apareciam no idioma local do usuário, como forma de dar mais legitimidade à oferta. Ao abrir o app, as vítimas eram apresentadas a uma tela na qual deveriam inserir seu telefone e, às vezes, também o e-mail; os dados eram usados para registro nas plataformas pagas, sem que os softwares fraudulentos dependessem de autorizações do usuário para isso. Em alguns casos, os valores chegavam a US$ 40 (cerca de R$ 220 na cotação atual) por semana, que iam diretamente para os bolsos dos criminosos.
Em alguns casos, afirmam os especialistas, nem mesmo existiam recursos nos aplicativos baixados, que apenas apresentavam ofertas sucessivas de cadastro em serviços pagos ou, simplesmente, travavam após a inserção dos dados. Enquanto isso, a fraude só era percebida na hora que a vítima recebia a conta ou, então, via o débito relacionado aos serviços em seus créditos pré-pagos. A cobrança semanal é parte integrante da fraude, de forma a maximizar os lucros antes que a vítima percebesse o problema.
Segundo a Avast, a pesquisa sobre o esquema começou com um único app, evoluiu para mais de 80 e, por fim, chegou a um total de 151. Nos casos mais populares, os softwares tinham perfis bem construídos na Play Store, com resenhas feitas por perfis falsos e imagens de qualidade, além de contas de desenvolvedor com diferentes soluções — todas fraudulentas, claro. Aos poucos, e com a popularidade, as páginas começaram a ser invadidas por críticas negativas, com usuários fraudados alertando outros para que não realizassem os downloads. Anúncios em redes sociais como Instagram, Facebook e TikTok também eram usados para disseminar o golpe.
Ao descobrir a rede, os pesquisadores em segurança informaram os achados ao Google, que realizou a remoção dos aplicativos fraudulentos. Entretanto, a ideia é que um grande estrago já foi feito, com os mais de 10 milhões de downloads representando vítimas em potencial que, agora, podem encontrar dificuldades para cancelarem os serviços. A estes, e a todos, a recomendação é desabilitar o registro em serviços pagos por SMS, de forma que assinaturas sejam canceladas e novas não possam ser realizadas.
Além disso, outras recomendações envolvem atenção a páginas de desenvolvedores e aos próprios apps baixados, em busca de críticas ou publicações na mídia que indiquem fraude. Números de telefone, e-mails e outros dados pessoais só devem ser fornecidos caso o usuário confie na solução, enquanto softwares de segurança devem estar sempre atualizados, assim como o próprio sistema operacional.
Mesmo com medidas de isolamento social, acidentes fatais caem só 9,5% no estado desde 2019 e já deixam 3.642 vítimas em 2021
Volta ao ‘novo normal’ no fim de 2021 pode fazer taxa de mortes aumentar
ESTADÃO CONTEÚDO – LUIZ GUARNIERI – 16/10/2011
A quarentena, os lockdowns e o fechamento obrigatório do comércio causados por meses a fio na pandemia de Covid-19 em 2020 e em 2021 não conseguiram diminuir o perigo do trânsito no estado de São Paulo, que matou 13 pessoas por dia até setembro deste ano.
De janeiro a setembro de 2019 houve 4.028 mortes no trânsito. No mesmo período em 2020 e em 2021 foram 3.722 e 3.642 óbitos, respectivamente, o que representa uma queda de apenas 9,5% em relação a 2019. É o que revelam dados do Infosiga-SP, do governo estadual de São Paulo, compilados e analisados pelo R7.
Em 2021, com o avanço da vacinação e a redução do isolamento social, especialistas temem que, com a volta da movimentação ao nível pré-pandemia, a taxa de mortes piore após uma série de quedas consecutivas na série histórica — em nível estadual e nacional.
“Pode haver uma piora se não houver fiscalização e se não houver conscientização. As pessoas estão ávidas por sair e confratenizar e precisam ter em mente que álcool e direção não combinam”, comenta o consultor de segurança viária André Garcia.
Nacionalmente, os dados também demonstram pouco efeito da pandemia. Em 2020, segundo o DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), 31.088 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, redução de 5% em comparação com 2019 (32.879). As taxas de 2021 ainda não foram divulgadas pelo governo federal.
“Alguns estados, inclusive, tiveram em 2020 um número de mortes de trânsito superior ao número de mortes por crimes violentos. São Paulo é um exemplo”, diz o professor especialista e delegado da Polícia Civil do Paraná Henrique Hoffmann.
“Isso indica um estado de guerra civil no trânsito, uma conclusão a que se chega sobre o número de mortes por crimes violentos, porque o Brasil tem estatísticas correspondentes às de países em guerra”, completa.
Perfil das vítimas
O perfil das vítimas em São Paulo se mantém ano após ano: homens jovens, entre 18 e 54 anos. Em 2021, houve pelo menos 398 mortes nessa faixa etária até setembro. Entre os tipos de veículo, as motocicletas estão em 272 fatalidades e lideram as ocorrências de longe no mesmo período.
Já o tipo de via onde ocorrem os acidentes revela igualdade entre mortes em vias municipais (1.745) e em rodovias (1.674).
O diretor-executivo da Fenive (Federação Nacional da Inspeção Veicular), Daniel Bassoli, explica que o protagonismo das motos pode ter sido causado pelo impacto socioeconômico da pandemia nos empregos e serviços.
“O número da frota de motos cresceu desproporcionalmente por causa, sobretudo, de questões econômicas. As pessoas precisam trabalhar. Os acidentes de motos não caíram como o esperado, e isso impactou esse número aquém do esperado”, comenta.
“São pessoas que trabalham com entregas, sofrem com pressão de tempo, trabalham com condições ergonômicas ruins. Tem lei para proteger esses usuários, mas a resolução Contran 359 [sobre inspeção técnica em veículos] não é cumprida.”
Vale ressaltar que a maioria dos registros do Infosiga não apresenta nível de detalhamento que permita conhecer o perfil da vítima e do veículo. Neste ano, a informação é desconhecida em 2.989 dos casos (82% do total).
Perfil das vítimas e dos veículos em São Paulo
Evolução
Apesar do alto número de mortes atualmente, os registros vêm caindo nos últimos anos em São Paulo e no Brasil. No estado, as estatísticas abaixaram 24% desde o pico do série histórica estadual, que começa em 2015, e estão no menor patamar em 2021.
Para que os registros diminuam ainda mais, especialistas afirmam que as ações de fiscalização e autuação são essenciais para o estado, que está em situação melhor do que a média nacional.
Contra esse movimento, argumentam, estariam políticas para diminuir o número de multas e aumentar o número de pontos para a perda da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). “Você precisa ter um sistema estatal que puna de forma exemplar. Se o cidadão tiver certeza da punição, caso venha a cometer alguma falta, isso diminuirá bastante”, diz André Garcia.
Metodologia
O R7 coletou os dados da “Base Completa de Óbitos” do site Infosiga-SP. Diferentemente do que o órgão apresenta em destaque em seu site, o R7 não filtrou para o levantamento apenas os óbitos que ocorreram em até 30 dias depois do acidente.
Golpistas usam WhatsApp para publicidade e internet para compartilhar sites de leilões fajutos
Preços abaixo do mercado, facilidade de pagamento e ofertas encantadoras. Essas são algumas das táticas usadas por golpistas para enganar potenciais compradores através de anúncios de leilões judiciais falsos. A modalidade tem ficado tanto em evidência, que o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) chegou a divulgar alerta a consumidores, na última quarta-feira (29).
Segundo o órgão, golpistas estão se passando por leiloeiros públicos oficiais credenciados. Tribunais de Justiça de outros estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal também têm lançado os mesmos alertas, para evitar que as pessoas caíam no golpe.
Em um dos casos mais recentes foi descoberto um endereço eletrônico não habilitado pelo Poder Judiciário Estadual, que chega até mesmo a usar logomarca do Tribunal de Justiça e banners indicando tratar-se de ambiente seguro na internet.
Quem acessa a plataforma denominada “NTRATORES”, onde são divulgados anúncios de tratores e equipamentos agrícolas para leilão, encontra informação indicando que o site é homologado pelo TJMS, no fim página. Mas, conforme o órgão, essa informação é falsa.
Inclusive, o site citado não se encontra na lista de leiloeiros cadastrados junto ao Tribunal de Justiça, cuja relação completa está disponível no site do órgão. Para acessar, clique aqui.
Orientações – Por meio da Comissão de Alienação de Bens Apreendidos, o TJMS alerta o consumidor a sempre observar se o endereço do site do leilão é verdadeiro e orienta a não realizar transações em dinheiro, tampouco manter contato com supostos leiloeiros por aplicativos de mensagens. E sempre consultar a lista de leiloeiras credenciadas pelo Tribunal, no link acima.
O golpe inclui envio de publicidade pelo aplicativo WhatsApp de supostos leilões, solicitando aos clientes pagamento pelo “PagSeguro” ou depósito de um valor de entrada para a reserva de veículos, os quais estariam supostamente sendo leiloados pelo órgão.
Caso de polícia – Cada vez mais “especializados”, golpistas têm passado a perna até mesmo nos mais experientes. Conforme o delegado titular da Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações e Falimentares Fazendários), o método dos criminosos é cada vez mais convincente.
“É um golpe bem elaborado, porque até pessoas que têm algum tipo de experiência em compra de veículos em leilões, caíram. Então é preciso muito cuidado”, alerta o delegado Geraldo Marim Barbosa.
Segundo ele, no último ano, a estratégia dos golpistas tem evoluído, mas o crime ainda deixa rastros. “Na maioria dos casos não tinha referência do veículo na página do leilão. Falava o modelo, ano, mas nada sobre placa, chassi, ou mesmo Renavam”, alerta.
O delegado também destaca que mesmo havendo dados que possam ser verdadeiros, como CNPJ, é preciso pesquisar. “A maioria usa CNPJ, mas hoje em dia é fácil criar um, até pela internet. O endereço usado também pode ser próximo a locais onde realmente existem garagens, então é preciso estar alerta”, conclui.
Dr Marcelo Miguel
Advogado Especialista em Leilões de Veículos e Fraudes em Leilões
Já ajudou diversas vítimas na recuperação de valores pagos em golpe do leilão.
A compra de um veículo seminovo oferece muitas vantagens: preços mais em conta, diferentes possibilidades e documentação mais barata. Mas, para que essa oportunidade não se torne um pesadelo, é preciso tomar cuidado: nessas transações, golpes são muito comuns.
O especialista no mercado de carros usados e CCO do Carzen, Gustavo Milsztayn, listou as fraudes mais cometidas nesse setor.
Carro prisioneiro
Nessa modalidade, o comprador recebe ofertas de preços bem baixos e formas de pagamento atrativas. O vendedor teria acesso a automóveis que só poderiam ser comercializados em leilões, e apresenta documentos que comprovariam o fato. “Na realidade, o veículo está realmente apreendido e os documentos são falsos”, explica.
Carro fantasma
Segundo Milsztayn, esse crime acontece com mais frequência do que se imagina. O carro é anunciado com condições muito vantajosas. O comprador é informado que o veículo está em outro Estado. Nos próximos contatos, o vendedor diz que está prestes a aceitar uma outra proposta. Para não perder a oportunidade, a vítima repassa uma entrada ou o dinheiro – mas nunca vê o carro.
Consórcio contemplado
Os criminosos vendem uma contemplação de automóvel em consórcio. Com documentos falsos, enganam o comprador sobre a oportunidade única de compra do veículo.
Carro NP
NP significa “não pago”. O golpista vende o carro omitindo a informação de que faltam parcelas para quitação do mesmo. “Depois que os documentos são transferidos, o motorista percebe que adquiriu um veículo e uma dívida”, esclarece Milsztayn.
Golpe de internet
O criminoso vai até uma empresa e aluga um automóvel. Cria um documento falso para esse carro e o anuncia sua venda na internet. A vítima gosta e faz a compra. Quando o contrato de aluguel do golpista vence, a locadora bloqueia o carro e anuncia na justiça e na polícia, gerando grande prejuízo para o motorista. “Esse é o golpe mais recente do mercado e envolve locadoras de veículos”, conta.
Com tantos tipos de golpe e suas particularidades, é necessário redobrar a atenção antes de realizar o pagamento do automóvel. De acordo com o especialista, há maneiras muito seguras de fechar o negócio sem dor de cabeça.
“O primeiro passo é ter calma – não fazer a transação por impulso, nem mesmo quando a oportunidade parece muito boa. Aliás, quando está muito fácil, é vital desconfiar”, orienta Milsztayn. Nesse contexto, o comprador pode pesquisar o preço da Tabela Fipe e a desvalorização de mercado, para ver se o valor anunciado faz algum sentido.
Em segundo lugar, o motorista deve buscar uma fonte de dados segura e completa. “Investigar o histórico do carro, checar informações como histórico em leilão, duplicidade de motor, decodificador de chassi e indícios de sinistro”, defende.
Caso o veículo esteja na região, o interessado pode pedir uma vistoria de confiança, em uma oficina conhecida ou empresas especializadas. “Quando tudo estiver explicitado, aí, sim, é hora de realizar o pagamento e aproveitar a nova aquisição.